Dia Mundial Do Livro...
23 abril, 2013
19 abril, 2013
Fotografia e Empatia
Somos muito apegados ao conceito de eu, de self. Temos como hábito
cultivar a nossa própria imagem. Talvez porque isso seja uma das consequências
do nosso instinto de sobrevivência. Ou porque a sociedade estimule o
individualismo. Independentemente das origens dessa percepção, o fato é que nos
vemos como únicos distintos e separados de tudo aquilo que nos rodeia. Nós
vemos como especiais mesmo sabendo que existem no planeta.
Isso faz com que seja muito difícil
conseguirmos enxergar o mundo através dos olhos do outro. Se estamos parados
num engarrafamento, temos a concepção de que queremos chegar a algum lugar e
todos os outros carros estão nos atrapalhando. Entretanto, todos ali estão
passando exatamente pela mesma coisa, querendo simplesmente chegar aonde se
quer chegar. Dizemos que estamos presos no trânsito, mas na verdade nós somos o
trânsito. Nós somos a fila, o ônibus cheio, a praia lotada. Estamos todos no mesmo
barco, mesmo que tentemos nos diferenciar com um carro mais caro, uma roupa da
moda ou ideias de vanguarda. Fazemos o que for necessário para combater a
concepção de que somos apenas mais um na multidão e acabamos reforçando o
abismo que existe entre eu e o outro.
Mas nos temos à nossa disposição um instrumento que pode ser muito útil
para favorecer a empatia – essa capacidade de se colocar no lugar do outro.
Esse instrumento é a fotografia. Mas ela só será útil para esse fim se
conseguirmos abandonar, por um momento, as reações automáticas que nos fazem
julgar tudo a partir das nossas preconcepções e de fato olhar, sem preconceitos
e opiniões. Quando vemos uma fotografia sem essa disposição empática, fazemos
apenas julgamentos autocentrados: eu não fotografaria assim, eu usaria
outra câmera, eu não viajaria para esse lugar, eu gostaria
de ter feito essa foto. E com isso perdemos a fantástica oportunidade que temos
de enxergar uma fração da vida do outro, a partir do ponto de vista do outro.
Ao mesmo tempo, temos a expectativa
de que os outros vejam as nossas fotos da maneira que não conseguimos enxergar
as deles. Postamos e publicamos fotos o tempo todo nas redes sociais, blogs,
fóruns… Esperando um pouco de atenção, “curtidas” e reconhecimento efêmero. E,
já que não conseguimos dar a atenção que buscamos, no máximo entramos num
esquema de “eu curto a sua e você curte a minha”. O que no fim resulta em
milhões de monólogos tristes e vazios – não porque não tenham valor em si, mas
porque a comunicação simplesmente não se estabelece. Todo mundo grita e ninguém
ouve. São assim as redes sociais.
E se, ao invés de tentarmos gritar
cada vez mais alto, deixássemos de gritar? E se apenas parássemos para ouvir?
Se esquecêssemos a pretensa maior importância daquilo que temos para dizer e
experimentássemos a incrível possibilidade de ver com os olhos de milhões de
outros, que está na ponta dos nossos dedos? E guardássemos para nós nossas
fotos, ou no máximo as mostrássemos apenas para quem realmente importa, em vez
de buscar freneticamente as aprovações que afagam o nosso ego por apenas alguns
segundos? Pode parecer assustador abrir mão da pouca atenção pela qual já temos
que nos esforçar tanto. Mais assustador ainda é deixar de cultivar o eu,
reafirmar a nossa importância, o tempo todo. Mas aí, por outro lado, talvez
possamos simplesmente ser livres.
Achei esse texto muito lindo e quem quiser saber mais segue o link ...
15 abril, 2013
Dilma ligando para Marco Feliciano
1, 2, 3... Começando.
Bem, não sei vocês, mas eu sou a favor do casamento
entre homossexuais. Desde pequeno a gente escuta “Se você quer algo tem que
lutar por isso... Lutar por seus direitos”.
E eles não estão nada, além disso. LUTAR POR SEUS
DIREITOS.
Se não lutar vai ficar que nem a passagem de
ônibus só aumenta e ninguém faz nada ¬¬
A sociedade julga TUDO não da para
esperar que ela aceite nada o que 1 acha certo 5 condenam e o que 5 acham certo
1 condena.
Mas quando você começa a pesquisar
sobre o assunto você vê que SIM é possível ser feliz com sua namorada ou um
homem com seu namorado. São seres humanos como todos os outros também merecem
respeito, felicidade, trabalho digno como qualquer outra pessoa. A sociedade
tem que se preocupar com político corrupto, os estupradores, aliciador... Essa
gente que não presta.
Eu sou á favor do amor.
Sou o tipo de pessoa que quando se
apaixona ainda tem aquela ideia bonita de é para sempre, acho tão lindo casal
que vive junto por 30, 40 anos. E hoje não se tem mais isso, não se tem mais
respeito.
Ninguém respeita, fala que ama
aqui e ali na frente já está jurando amor eterno para outra pessoa.
O amor acaba ai. E o sofrimento
começa em seguida.
Cada qual sabe amar a seu modo; o
modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
Machado de Assis
‘O Casamento gay é aprovado pelo
Senado da França: medida é a reforma social mais importante no país desde a
abolição da pena de morte em 1981. Matrimônio homossexual já é legal em países
como Bélgica, Portugal, Holanda, Espanha, Suécia, Noruega e África do Sul. ’ –
Estadão Abril/2013
Link no final.
12 abril, 2013
06 abril, 2013
Ai você conhece alguém se
apaixona e acha que vai ser para sempre que enfim encontrou o tal amor de sua
vida que sim, vocês vão envelhecer juntos e claro que vai ter briga aquela
monotonia toda, mais nada vai importar por que o amor de vocês vai ser maior e
sempre vão está juntos.
E você tem aquela ideia
fixa de amor
Aquela ideia bonita
Um pouco inocente
Um pouco trágica
Mais é sua ideia e no
fundo ela se torna linda
Por que você ama mais que
tudo ‘aquela’ pessoa e quer ficar com ela.
E assim você se entrega
c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e
E fecha seu coração para
qualquer outro ser que tente habitá-lo. Por que você não precisa de mais
ninguém, só ‘aquela’ pessoa basta. A sua ideia bonita de amor.
E vive/acredita naquele
amor.
Até que depois de dois
anos com algumas turbulências á sua ideia de amor bonita chega com você e fala
que está “gostando” de outra pessoa...
Seu mundo caiu naquele
momento e toda sua ideia é corroída por uma horrível mancha preta é como se a
porta da casa da bruxa que você mais temia abrisse pra você e a bruxa estivesse
parada bem na porta com os braços abertos te esperando para sugar a sua última
gota de energia/amor/felicidade/esperança/paz.
E você caí em prantos um
choro tão absurdo que...
E a partir daquele momento
você pensa E AGORA?
E nossos planos? Nossos
sonhos? Nosso canto?
Ela ta gostando de outro.
No que eu errei? O que não fiz? O que briguei?
Será que ainda consigo
reconquistá-la? Mas será QUE vai voltar como antes? Será que ela vai voltar a
agir como no começo?
Ou então... O erro seja
eu!
Eu amo demais, me entrego
demais e no final sempre me deixam a culpa é minha.
Não vou amar mais, por que
amar dói tanto te machuca de uma forma tão absurda.
Eu só queria poder
acreditar no amor prolongado. Aquele de dormir abraçado todas ás noites,
acordar com um beijo, passar final de semana juntos, sentir no só no olhar
aquele amor puro, sincero, recíproco.
Mas eu acho que sempre
quis demais e acabo só no final.
Sinto-me uma idiota por
isso.
Não quero ninguém do meu
lado por pena isso é tão Absurdo.
Quero alguém do meu lado
por amor... Um amor prolongado.
Se eu
nunca tivesse te conhecido, eu nunca saberia o que é amor. Mas por outro lado,
eu nunca teria sofrido tanto.
04 abril, 2013
Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e
depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem
do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente
acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e
desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não
mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de
necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à
nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela
se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos
aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se
mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantêm os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou
que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de
pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida,
para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão
contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem
com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que
amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro
também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na
mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação
particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das
nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras
possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o
sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou
esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é
aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for
bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona
mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
Martha Medeiros
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