19 abril, 2013

Fotografia e Empatia
Somos muito apegados ao conceito de eu, de self. Temos como hábito cultivar a nossa própria imagem. Talvez porque isso seja uma das consequências do nosso instinto de sobrevivência. Ou porque a sociedade estimule o individualismo. Independentemente das origens dessa percepção, o fato é que nos vemos como únicos distintos e separados de tudo aquilo que nos rodeia. Nós vemos como especiais mesmo sabendo que existem  no planeta.
Isso faz com que seja muito difícil conseguirmos enxergar o mundo através dos olhos do outro. Se estamos parados num engarrafamento, temos a concepção de que queremos chegar a algum lugar e todos os outros carros estão nos atrapalhando. Entretanto, todos ali estão passando exatamente pela mesma coisa, querendo simplesmente chegar aonde se quer chegar. Dizemos que estamos presos no trânsito, mas na verdade nós somos o trânsito. Nós somos a fila, o ônibus cheio, a praia lotada. Estamos todos no mesmo barco, mesmo que tentemos nos diferenciar com um carro mais caro, uma roupa da moda ou ideias de vanguarda. Fazemos o que for necessário para combater a concepção de que somos apenas mais um na multidão e acabamos reforçando o abismo que existe entre eu e o outro.

Mas nos temos à nossa disposição um instrumento que pode ser muito útil para favorecer a empatia – essa capacidade de se colocar no lugar do outro. Esse instrumento é a fotografia. Mas ela só será útil para esse fim se conseguirmos abandonar, por um momento, as reações automáticas que nos fazem julgar tudo a partir das nossas preconcepções e de fato olhar, sem preconceitos e opiniões. Quando vemos uma fotografia sem essa disposição empática, fazemos apenas julgamentos autocentrados: eu não fotografaria assim, eu usaria outra câmera, eu não viajaria para esse lugar, eu gostaria de ter feito essa foto. E com isso perdemos a fantástica oportunidade que temos de enxergar uma fração da vida do outro, a partir do ponto de vista do outro.
Ao mesmo tempo, temos a expectativa de que os outros vejam as nossas fotos da maneira que não conseguimos enxergar as deles. Postamos e publicamos fotos o tempo todo nas redes sociais, blogs, fóruns… Esperando um pouco de atenção, “curtidas” e reconhecimento efêmero. E, já que não conseguimos dar a atenção que buscamos, no máximo entramos num esquema de “eu curto a sua e você curte a minha”. O que no fim resulta em milhões de monólogos tristes e vazios – não porque não tenham valor em si, mas porque a comunicação simplesmente não se estabelece. Todo mundo grita e ninguém ouve. São assim as redes sociais.
E se, ao invés de tentarmos gritar cada vez mais alto, deixássemos de gritar? E se apenas parássemos para ouvir? Se esquecêssemos a pretensa maior importância daquilo que temos para dizer e experimentássemos a incrível possibilidade de ver com os olhos de milhões de outros, que está na ponta dos nossos dedos? E guardássemos para nós nossas fotos, ou no máximo as mostrássemos apenas para quem realmente importa, em vez de buscar freneticamente as aprovações que afagam o nosso ego por apenas alguns segundos? Pode parecer assustador abrir mão da pouca atenção pela qual já temos que nos esforçar tanto. Mais assustador ainda é deixar de cultivar o eu, reafirmar a nossa importância, o tempo todo. Mas aí, por outro lado, talvez possamos simplesmente ser livres.
Achei esse texto muito lindo e quem quiser saber mais segue o link ...

15 abril, 2013

Dilma ligando para Marco Feliciano


Vídeo de Dilma ligando para Marco Feliciano

1, 2, 3... Começando.
Bem, não sei vocês, mas eu sou a favor do casamento entre homossexuais. Desde pequeno a gente escuta “Se você quer algo tem que lutar por isso... Lutar por seus direitos”.
E eles não estão nada, além disso. LUTAR POR SEUS DIREITOS.
Se não lutar vai ficar que nem a passagem de ônibus só aumenta e ninguém faz nada ¬¬
A sociedade julga TUDO não da para esperar que ela aceite nada o que 1 acha certo 5 condenam e o que 5 acham certo 1 condena.
Mas quando você começa a pesquisar sobre o assunto você vê que SIM é possível ser feliz com sua namorada ou um homem com seu namorado. São seres humanos como todos os outros também merecem respeito, felicidade, trabalho digno como qualquer outra pessoa. A sociedade tem que se preocupar com político corrupto, os estupradores, aliciador... Essa gente que não presta.

Eu sou á favor do amor.
Sou o tipo de pessoa que quando se apaixona ainda tem aquela ideia bonita de é para sempre, acho tão lindo casal que vive junto por 30, 40 anos. E hoje não se tem mais isso, não se tem mais respeito.
Ninguém respeita, fala que ama aqui e ali na frente já está jurando amor eterno para outra pessoa.
O amor acaba ai. E o sofrimento começa em seguida.

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
Machado de Assis

‘O Casamento gay é aprovado pelo Senado da França: medida é a reforma social mais importante no país desde a abolição da pena de morte em 1981. Matrimônio homossexual já é legal em países como Bélgica, Portugal, Holanda, Espanha, Suécia, Noruega e África do Sul. ’ – Estadão Abril/2013
Link no final.

12 abril, 2013



Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. 
Caio F. Abreu.

06 abril, 2013


Ai você conhece alguém se apaixona e acha que vai ser para sempre que enfim encontrou o tal amor de sua vida que sim, vocês vão envelhecer juntos e claro que vai ter briga aquela monotonia toda, mais nada vai importar por que o amor de vocês vai ser maior e sempre vão está juntos.
E você tem aquela ideia fixa de amor
Aquela ideia bonita
Um pouco inocente
Um pouco trágica
Mais é sua ideia e no fundo ela se torna linda
Por que você ama mais que tudo ‘aquela’ pessoa e quer ficar com ela.
E assim você se entrega c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e
E fecha seu coração para qualquer outro ser que tente habitá-lo. Por que você não precisa de mais ninguém, só ‘aquela’ pessoa basta. A sua ideia bonita de amor.
E vive/acredita naquele amor.
Até que depois de dois anos com algumas turbulências á sua ideia de amor bonita chega com você e fala que está “gostando” de outra pessoa...
Seu mundo caiu naquele momento e toda sua ideia é corroída por uma horrível mancha preta é como se a porta da casa da bruxa que você mais temia abrisse pra você e a bruxa estivesse parada bem na porta com os braços abertos te esperando para sugar a sua última gota de energia/amor/felicidade/esperança/paz.
E você caí em prantos um choro tão absurdo que...
E a partir daquele momento você pensa E AGORA?
E nossos planos? Nossos sonhos? Nosso canto?
Ela ta gostando de outro. No que eu errei? O que não fiz? O que briguei?
Será que ainda consigo reconquistá-la? Mas será QUE vai voltar como antes? Será que ela vai voltar a agir como no começo?
Ou então... O erro seja eu!
Eu amo demais, me entrego demais e no final sempre me deixam a culpa é minha.
Não vou amar mais, por que amar dói tanto te machuca de uma forma tão absurda.
Eu só queria poder acreditar no amor prolongado. Aquele de dormir abraçado todas ás noites, acordar com um beijo, passar final de semana juntos, sentir no só no olhar aquele amor puro, sincero, recíproco.
Mas eu acho que sempre quis demais e acabo só no final.
Sinto-me uma idiota por isso.
Não quero ninguém do meu lado por pena isso é tão Absurdo.
Quero alguém do meu lado por amor... Um amor prolongado.

Se eu nunca tivesse te conhecido, eu nunca saberia o que é amor. Mas por outro lado, eu nunca teria sofrido tanto.

04 abril, 2013

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantêm os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
Martha Medeiros